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Saneamento e Gênero - Infosanbas

Estudo: Saneamento Rural

Saneamento e Gênero

A ampla redução no número de domicílios rurais sem canalização interna de água, entre os anos de 2000 e 2010, afetou igualmente os domicílios com chefias femininas e masculinas. Em termos de esgotamento sanitário há uma redução no percentual de domicílios chefiados por mulheres nos quais os escoadouros de esgotos são inadequados, o que não ocorre em relação aos domicílios chefiados por homens. Em 2010, a queima ou disposição dos resíduos sólidos em terreno baldio, logradouro público, vala, rio, lago ou mar era praticada em 71% dos domicílios com chefia masculina e em 66% dos domicílios com chefia feminina. Esses patamares revelam uma redução igual entre ambas as chefias, de menos 11 pontos percentuais (Tabela 4.2).

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O Ônus da Precariedade da Solução de Abastecimento de Água Recai sobre as Mulheres

Em muitos dos domicílios pertencentes às comunidades visitadas verificou-se a ausência de canalização interna de água. O transporte da água é realizado a partir de algum ponto afastado do domicílio, por meio de mangueiras ou baldes e latas, ou a partir de uma torneira que fica no exterior da habitação. Nesses casos, a água é armazenada em reservatórios improvisados, como tambores e baldes, sendo comum o uso simultâneo de reservatórios domiciliares e comunitários. Quando o volume acumulado é limitado, costuma haver a separação da água proveniente de fonte de melhor qualidade. É comum a presença de sistemas de abastecimento de água que atendem simultaneamente a diversas comunidades, sendo os rodízios praticados rotineiramente, ocasionando a falta d’água. Frente a essas situações adversas, destaca-se o papel das mulheres que, via de regra, nas comunidades visitadas, são as responsáveis pelas tarefas cotidianas relativas à provisão domiciliar de água. Por vezes, elas têm que se deslocar para lugares distantes e ermos e transportar a água até o domicílio, o que lhes impõe uma exposição maior a riscos de adoecimento e de violência.